Do Guri para o Mundo: Karoline Ribas é ex-intercambista na África, arquiteta e ritmista da Casa Verde

Karoline Ribas 16Foi durante as reuniões de família que Karoline Ribas teve seu primeiro contato com a música. Seu avô paterno costumava cantar e tocar violão e, depois, a deixava com o instrumento para brincar com as cordas. Hoje, a jovem de 24 anos concilia a carreira de arquiteta do time de expansão no escritório central da Cinemark Brasil com a de ritmista da bateria da Escola de Samba Império de Casa Verde.

“Trabalho em horário comercial e os ensaios são realizados à noite. É um pouco cansativo (conciliar as duas atividades), especialmente, por morar distante da quadra. Porém, é muito gratificante e me sinto realizada”, conta Karoline, que se mudou de Presidente Prudente para São Paulo para participar efetivamente dos ensaios. “A bateria é muito focada e empenhada, além de ser repleta de músicos renomados, como o Rafael Y Castro, que está com a gente no comando do repinique. É uma família”, complementa.

A oportunidade para atuar na bateria surgiu no Carnaval deste ano. Mas, a musicista já havia desfilado pela Império de Casa Verde em 2017, fazendo o apoio da bateria, e em 2019 em uma ala. Em 2018, em decorrência de um intercâmbio, não pôde participar dos desfiles. “Me considero “Imperiana” desde que me tornei amiga do Diretor de Carnaval Rogério Tiguês e do Mestre Zoinho, quando eles eram jurados de competições de baterias universitárias”, descreve.

Karoline foi aluna no Projeto Guri no Polo Regional Presidente. Ela relata que o estudo musical lhe propiciou muitas coisas, entre elas, participar do Ethno Malawi e de duas edições do Ethno Brazil, festivais que reúnem jovens músicos de diferentes países para uma troca de experiências e apresentações.

Além disso, Karoline participou do MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange) – programa de intercâmbio realizado entre as organizações musicais membros da Jeunesses Musicales International, JM Norway, Music Crossroads Malawi, Music Crossroads Moçambique e promovido no Brasil pela Sustenidos Organização Social de Cultura, sendo esta responsável pela gestão dos polos do Projeto Guri – maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo – localizados no interior, litoral e Fundação CASA.

No final de 2017, a musicista partiu para o Malawi (África), onde permaneceu pelo período de dez meses. No local, aprimorou o inglês, aprendeu chichewa (idioma local), participou de atividades e festivais, faz trabalhos voluntários, ensinou samba, divulgou o som da viola caipira, ajudou no empoderamento de meninas africanas na música e fazer amigos.

“Foi a experiência mais enriquecedora da minha vida, até agora. Me faz amadurecer como pessoa e como profissional. A possibilidade de conhecer outro país, outra cultura e costumes são vivências que todos os jovens deveriam passar. Tive a oportunidade de ensinar e aprender muito e isso me agregou bagagem”, afirma.

Sobre a importância da música em sua história, Karoline explica que desde pequena firmou conexões por meio dos sons. “Ela me salva de dias não tão bons e ajuda animar mais ainda aqueles dias incríveis. A conexão que ela traz já me proporcionou tocar com grupos diferentes, de etnias distintas e de dividir, com cada pessoa, os ensinamentos, as técnicas, os timbres e as cores que a música pode ter. Me viabilizou experiências de vida que eu vou levar até meu último suspiro”, conclui.

Do Guri para o Mundo
A série Do Guri para o Mundo foi criada para retratar o caminho trilhando pelos Guris: quem são, onde estão e o que mudou na vida deles. São histórias inspiradoras que celebram os 25 anos do Projeto Guri e prestam homenagem aos mais de 810 mil ex-alunos beneficiados pelo programa e, consequentemente, pelo poder de transformação da música. A cada semana, a série destaca um personagem nas redes sociais do Projeto Guri e na Sustenidos – organização que administra o programa.

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