Ensino remoto: educadores do Guri retomam aproximação com jovens da F. CASA


Fundação CASA, em Campinas, aluno de violão

Divulgação/Fundação CASA

Incentivar a produção de composições musicais, o aprendizado de novos estilos e o treino de técnicas vocais são algumas das práticas que o Projeto Guri – maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo – tem proporcionado aos adolescentes em atendimento socioeducativo na Fundação CASA. Entre maio e setembro, o Guri enviou mais de 1.300 atividades (treinos de voz, aulas gravadas e leituras de partituras) para cerca de 60 centros da Fundação. E agora estreita o contato com alunos e alunas por meio de aulas online, em tempo real.

Com aplicação de atividades culturais pelos servidores das equipes pedagógicas dos centros socioeducativos, alunos e alunas dos polos Chiquinha Gonzaga, na Mooca, e do Complexo Brás (como os CASAs Rio Tâmisa e Rio Paraná), entre outros centros, começaram a participar de aulas ao vivo, também chamadas de aulas síncronas, dentro da sala de informática. “É muito importante para os(as) educadores(as) ter contato direto com os alunos. Indicamos que as aulas síncronas sejam feitas a cada quinze dias. Mas, com a ótima receptividade dos alunos, temos polos que já querem fazer as atividades semanalmente”, conta Valeria Zeidan, Gerente Pedagógica da Sustenidos.

A profundidade do impacto positivo dessas aulas na vida dos jovens em medida socioeducativa vai ainda além da educação musical. “São atividades que geram uma interação difícil de ser traduzida, que valoriza os saberes e a autoestima do aluno. Eles estão vendo e ouvindo o professor e, da mesma maneira, se vendo e se ouvindo. Isso é importante para gerar interesse entre os participantes e pelo conteúdo”, completa Valeria.

O envio de atividades remotas (aulas previamente gravadas) passou de quinzenal para semanal. “Os educadores externos tinham uma rotina de contato pessoal com os(as) jovens e, com a pandemia, tudo precisou ser adaptado, com atividades enviadas de forma online e aplicadas por servidores dos centros socioeducativos. O contato com o ‘mundo de fora’ passou a ser por meio virtual”, explica Valeria. “Pensando nisso, conseguimos entender a dimensão do que representa uma aula de música chegar até lá neste momento de interrupção da vida como a conhecemos. Por meio das atividades musicais eles puderam ter acesso a um lugar de liberdade, manter contato com o que estava fora dali”, completa.

Atualmente, nas cerca de 60 unidades da Fundação CASA em que atua, o Projeto Guri oferece oficinas de coral, percussão e cordas dedilhadas – adaptadas ao ensino a distância, seja com o envio de exercícios ou aulas síncronas. Dividido em ciclos de aulas bimestrais, o programa dá início a última etapa de 2020.

No mês de celebração da Consciência Negra, com a inovação do ensino online, os centros da Fundação receberão artistas convidados para aulas gravadas e síncronas. No polo Chiquinha Gonzaga, que atende somente meninas para medidas socioeducativas, a programação contou com uma aula interativa com MC Chai, do grupo Odisseia das Flores. “Queremos trabalhar questões que envolvem a mulher no mundo da música. Empoderamento feminino e a representatividade da mulher no rap também entram na pauta”, conclui a gerente.

Patrocinadores e apoiadores do Projeto Guri – Sustenidos: CTG Brasil; Visa; CCR AutoBAn; Instituto CCR; Bayer; WestRock; Microsoft; Supermercados Tauste; banco BV; Novelis; Arteris; EMS; Capuani do Brasil; Faber-Castell; Pinheiro Neto; Santander;  VALGROUP; Raízen; BTP; Distribuidora Ikeda; Grupo Maringá; Instituto 3M; Supermercados Rondon; Frigol; Mercedes-Benz; Castelo Alimentos; Enel; GRUPO GR; Cipatex; Grupo Herval, Pirelli.

Patrocinador Sustenidos: CTG Brasil; Visa; SulAmérica e Microsoft.

Sobre o Projeto Guri: mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, o Projeto Guri é o maior programa sociocultural brasileiro e oferece, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação musical, luteria, canto coral, tecnologia em música, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopros, teclados e percussão, para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos (até 21 anos nos Grupos de Referência e na Fundação CASA). Cerca de 50 mil alunos são atendidos por ano, em quase 400 polos de ensino, distribuídos por todo o estado de São Paulo. Os mais de 330 polos localizados no interior e litoral, incluindo os polos da Fundação CASA, são administrados pela Sustenidos, enquanto o controle dos polos da capital paulista e Grande São Paulo fica por conta de outra organização social. A gestão compartilhada do Projeto Guri atende a uma resolução da Secretaria que regulamenta parcerias entre o governo e pessoas jurídicas de direito privado para ações na área cultural. Desde seu início, em 1995, o Projeto já atendeu mais de 810 mil jovens na Grande São Paulo, interior e litoral.

Sobre a Sustenidos: Eleita a Melhor ONG de Cultura de 2018, a Sustenidos é a organização gestora do Festival Ethno Brazil, Som Na Estrada, Festival Imagine Brazil, MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange) e Projeto Guri. Desde 2004, é responsável pela gestão do programa de ensino musical no litoral e no interior do estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação CASA. Além do Governo de São Paulo, a Sustenidos conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Sustenidos, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm incentivo fiscal da Lei Rouanet e do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir: http://www.sustenidos.org.br/pessoa-fisica/

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