Projeto Guri oferece curso inédito de musicalização para mães e bebês na Fundação CASA


Ciranda de roda, canto, exercícios lúdicos, mescla de dança e movimentos teatrais, essas são algumas das experiências que as adolescentes do centro socioeducativo Fundação CASA Chiquinha Gonzaga, na Mooca, têm por meio da oficina de musicalização que o Projeto Guri idealizou e implementou no final de outubro. A novidade promove a interação entre mãe e filho, além de sensibilizar as adolescentes gestantes para a criação de vínculos com o futuro bebê.

O curso tomou forma a partir de uma série de oficinas ministradas pela educadora musical inglesa, Katherine Zeserson, diretora da organização britânica Paul Hamlyn Foundation’s Inspire-Music, voltada para musicalização de jovens e crianças. Ao todo, 15 jovens mães (incluindo também gestantes) e seus bebês – acolhidos no Programa de Atendimento Materno-Infantil (PAMI) – participaram, ao longo do mês de agosto e setembro, das atividades que envolveram: a prática do canto; movimentos corporais para a fixação de vínculos maternos; o uso de instrumentos musicais, como pandeiro, tambores e maracas para o acompanhamento rítmico; o uso de elementos teatrais, como dedoches, para estimular o brincar por meio da música.

thatiana furtado (2)Depois dessa fase, foi efetivamente implantada – em outubro – a Oficina de Musicalização para Mães e Bebês, com a educadora Thatiana Furtado, que dá aulas de percussão no Projeto Guri dentro da Fundação CASA e é especialista em musicalização para crianças.

“Nosso foco é despertar a sensibilidade e fortalecer o vínculo entre mãe e filho por meio da música. Logo nas primeiras oficinas com a Katherine, já percebemos o desenvolvimento das adolescentes e a mudança do olhar com relação às possibilidades de cuidados e carinho com os bebês”, afirma Thatiana. Atualmente, o curso acontece uma vez por semana e conta com sete mães – entre 16 e 18 anos – e bebês entre dois meses e um ano de idade, além de gestantes.

“Era um desejo que vínhamos amadurecendo há algum tempo. Queríamos mostrar de que forma a música pode auxiliar as adolescentes nesta nova fase de vida. A vinda da Katherine Zeserson ao país, para uma série de atividades com organizações sociais ligadas à música e à cultura, foi o pontapé inicial para colocarmos o projeto em prática”, conta Alessandra Costa, diretora executiva da Amigos do Guri, organização que faz a gestão do Projeto Guri no interior, litoral e centros da Fundação CASA.

Na rotina das adolescentes que participam desta oficina estão exercícios iniciais de canto, seguidos pelos estímulos corporais e cognitivos, exercícios com instrumentos musicais, roda e canções de ninar.  “Além de músicas do repertório infantil também focamos nas canções populares do Brasil e de outros países, sempre com o intuito de promover a ligação da adolescente com o seu filho”, diz Thatiana Furtado.  “Tem sido uma experiência maravilhosa, as alunas chegaram a compor uma música para estimular o contato da mãe com a criança”, completa.

“Estou gostando muito pois essa é primeira vez que consegui olhar meu filho de outra maneira, com mais vontade de me envolver”, diz uma adolescente que frequenta o novo curso do Projeto Guri. Outra aluna afirma que houve avanços na coordenação motora do seu bebê e que essa experiência é muito importante porque cria um momento especial entre ela e o filho.

Além da nova oficina musical, a partir de novembro, o Programa de Acolhimento Materno-Infantil do Centro Chiquinha Gonzaga, por intermédio também do Projeto Guri, conta com outro instrumento para o estímulo à brincadeira e às atividades lúdicas: uma brinquedoteca montada pela Mattel, com brinquedos voltados para bebês e crianças de 0 a 3 anos (Fisher-Price) e área de convivência com bonecas como Barbie e Monster High, entre outros produtos para o público infantil. Os brinquedos doados pela Mattel poderão ser substituídos por novos sempre que necessário.

“A brinquedoteca trouxe o lúdico, cor e diversidade para os bebês, que têm em seus primeiros anos de vida apenas aquelas pessoas e espaço para se desenvolver, pois eles só saem de lá para consultas médicas. A Mattel não pode estar presente na inauguração feita pelas mães e educadores para alguns convidados, mas está muito feliz com mais uma Brinquedoteca Doada. Esse é um trabalho que realizam em outras instituições também” contou Marina Funari, integrante da área de Mobilização de Recursos da Amigos do Guri.

 

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