Polo Nhembo ‘E’ A Porã: além de um resgate cultural


A sensação é de voltar ao passado e viver o início. Ali não há malícia, o olhar é puro e o amor verdadeiro. Tudo muito simples, mas feito com o coração. Parece que estamos mais perto da beleza do ser humano, num paraíso não tão distante de São Paulo: a Reserva Indígena Guarani do Rio Silveira. Ali está situado um dos mais de 400 polos do Projeto Guri, o Polo Nhembo ‘E’ A Porã.

Na última quarta-feira, todos estavam em clima de festa na aldeia. A cerimônia era para parabenizar os alunos do 9º e 3º ano do Ensino Médio – que estudam nas duas únicas escolas que ali existem – por mais um ciclo finalizado. E como toda comemoração pede uma boa música, os Guris indígenas, que cursam as aulas de violão, percussão e canto coral duas vezes por semana, prepararam uma linda apresentação de encerramento para todos ali presentes.

“Tape Porã Meme”, que em Guarani significa “Belo Caminho”, foi a primeira canção cantada pelos pequenos, fazendo instantaneamente os olhos se encherem de lágrimas e o coração de orgulho. A segunda música preparada foi “Anunciação”, de Alceu Valença, e a última “Mulher Rendeira”, de Alfredo Ricardo do Nascimento, ambas trazendo um resgate cultural imensurável.

Após esta linda e emocionante audição, foi a vez de a Camerata de Violões do Guri, de Santos, entrar em cena. Um dos Grupos de Referência do projeto, patrocinado pela CODESP – Companhia Docas do Estado de São Paulo, a camerata apresentou peças com arranjos diversificados e bem-humorados. No repertório, músicas como: “Maracangalha” e “Roda Peão”, de nosso querido Caymmi, “Tiro ao Álvaro”, do brilhante Adoniran Barbosa, e “Billie Jean”, do astro americano Michael Jackson.

Um mix de emoções que palavras não dão mais conta de descrever, mais fácil apreciar:

 

 

 

Crédito das fotos: Fernando Almeida.

 

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