Polo CASA Mirassol aborda Música Popular Brasileira no período da ditadura militar no Brasil
Na última terça-feira, 04 de agosto, os alunos do Guri do centro da Fundação CASA Mirassol, na região de São José do Rio Preto, participaram de uma atividade socioeducativa sobre a importância da Música Popular Brasileira no período da ditadura militar no Brasil.
A ideia de abordar o tema surgiu com base no repertório que os meninos vão apresentar no MusiCASA 2015 – festival interno de música, que abrange vários centros da Fundação CASA –, que contém um pot-pourri com músicas que foram hinos de protesto contra o regime militar. Aproveitando-se disso, a equipe do polo do Guri, junto à coordenação pedagógica do Centro, viu ali uma oportunidade de fomentar a informação e a reflexão sobre este período histórico aos jovens.
Para isso, a coordenadora do polo, Aline Bellini, iniciou a atividade indagando-os sobre o que conheciam do tema e, mediante à participação dos alunos, falou sobre o cenário socioeconômico brasileiro da época e o golpe militar de 1964. Foram explicados, de forma simples, os acontecimentos de 1964 a 1985, que somam os 21 anos de ditadura militar no Brasil, incluindo os Atos Institucionais, que inflamaram ainda mais as manifestações – principalmente o Ato Institucional nº5 que, dentre outros pontos, trouxe a censura dos meios de comunicação e da produção cultural, e levou artistas, intelectuais e políticos ao exílio. Também foram relembradas as passeatas, as canções e os discursos que buscavam a redemocratização do país.
“Fizemos um resgate da importância da MPB naquele cenário, comentando sobre compositores que foram vítimas da repressão – muitas vezes subversiva – pela crítica ao governo militar em suas obras. Além de ver imagens, os alunos também assistiram ao vídeo “Cálice”, de Chico Buarque, também com a versão do rapper Criolo, além do hino de manifestação da época: “Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores”, de Geraldo Vandré, que também parte do repertório planejado para o MusiCASA 2015”, contou Aline.
Os alunos demonstraram bastante interesse e compreensão pelo que foi apresentado, e como o conteúdo contribuirá para que a apresentação no festival seja ainda mais proveitosa. Também relataram entender por que é tão importante que seus deveres e direitos como cidadãos sejam cumpridos, trocando informações sobre o exercício da cidadania e de votar com consciência.
Participaram do debate, além dos adolescentes, o educador do curso de violão, Paulo, a Supervisora de Desenvolvimento Social do Guri, Tânia Cestari, a agente educacional do Centro, Kássia, e o agente Alceu.
