Jovens moçambicanos chegam ao Brasil para intercâmbio musical em parceria com o Projeto Guri


Engristia e Massuco

Engristia e Massuco são os novos intercambistas do Projeto Guri

O Projeto Guri – maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo – recebeu na semana passada dois novos intercambistas do MOVE – Musicians and Organizers Volunteer Exchange. Vindos de Moçambique, Isaias Massuco (28) e Engristia Irina Ricardo (26) ficarão durante seis meses no Brasil, hospedados em São Carlos, participando das atividades do Projeto Guri na região.

  • Engristia mora em Maputo, capital de Moçambique, é formada em balé pela Escola Nacional de Dança da sua cidade, cursa o último ano de Gestão Cultural e também canta. A jovem trabalha dando aulas para crianças de 2 a 13 anos em uma escola regular, que tem atividades culturais. Engristia quer levar a dança e o canto para as crianças do Guri: “As danças africanas sempre vêm acompanhadas do canto e percussão. Marrabenta é uma música-dança típica de Moçambique que eu gostaria de ensinar por ter uma vertente moderna, além, claro, das danças Xingombela e Ngalanga, mas não só essas”, disse a jovem.
  • Isaias, mais conhecido como Tiger Massuco, é natural de Xai-Xai e aprendeu a tocar guitarra e baixo sozinho. Após um intercâmbio de 15 dias na Austrália, o jovem montou a banda Mandlozi (alma) que toca jazz, blues e rock. No Brasil, Massuco quer ensinar as culturas da zona sul de Moçambique e transmitir a tradição de contos antigos: “Quero transformar junto com as crianças contos em música, fazer composições, criar um projeto em parceria com a Engristia e, o mais importante, quero semear algo, levar uma mensagem por onde eu passar”, disse Tiger.

Quando questionados sobre o que esperam do intercâmbio, ambos disseram que estão ansiosos para conhecer o Projeto Guri. “O que me fez aceitar esse intercâmbio foi sair da minha zona de conforto e aprender a cultura de outro país, além de tudo o que as crianças tiverem para me ensinar. Quero viver esses seis meses intensamente”, disse Engristia. Tiger Massuco tem o mesmo desejo de Engristia: aprender. “Me inscrevi para o MOVE por ser um desafio. Espero aprender, transmitir o que tenho e ver qual o resultado de tudo isso”, disse o baixista.

Os intercambistas visitarão polos do Projeto Guri e participarão de encontros pedagógicos e eventos com os alunos. Dentre as atividades, os jovens devem colaborar no festival Crie sua Própria Música, no Polo Araraquara, durante o mês de fevereiro, com apresentação prevista para o dia 22/2.

 

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