Jovens do Projeto Guri embarcam para intercâmbio na Noruega e Malawi


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Thales, Guilherme, Vitor e Elias são os novos intercambistas do MOVE

Elias de Oliveira Junior, Vitor Lyra Biagioni, Guilherme dos Santos e Thales Simões Martins viajam para a Noruega no próximo dia 2 de janeiro. Os quatro jovens do Projeto Guri participarão do programa de intercâmbio MOVE - Musicians and Organizers Volunteer Exchange, criado pela JM Norway. Os selecionados estiveram na sede do Guri dias 15 e 16 de dezembro para o alinhamento dos últimos detalhes da jornada que deve durar seis meses.

Nos primeiros 15 dias, os intercambistas passarão por um processo de capacitação em Oslo, na Noruega, ao lado de jovens de diversas áreas. O período de integração visa a prepara-los para melhor entendimento da sociedade onde atuarão como voluntários e dos conceitos que estruturam o MOVE e a FK Norway – Fredskorpset – forças de paz da Noruega. Após essa imersão, cada dupla seguirá seu destino: Guilherme e Thales ficarão na Noruega (na cidade de Melhus); Elias e Vitor irão para o Malawi.

 

“A princípio eu queria ir para a Noruega e investir no aprendizado de composições. Mas, quando conheci o trabalho que o Eduardo (Scaramuzza, da primeira turma de intercambistas brasileiros) fez na África, fiquei apaixonado. E hoje estou muito feliz por ter sido selecionado para o Malawi. Quero conhecer mais sobre o Takagunda Project, que já tem um orientador, mas pretendo desenvolver um trabalho de coro com música popular brasileira. Lá, tudo é oral: se não ouve, não aprende”, diz Elias, lembrando os ensinamentos de mestre Duma, do Malawi, que conduz as aulas para dezenas de crianças com tranquilidade e estima. Eduardo Scaramuza, presente no encontro da sede, reforça a ideia de que respeitar a cultura local e se aproximar de Duma são os melhores caminhos.

Guilherme dos Santos tem a expectativa de formar uma rede de contatos: “A ideia do intercâmbio é que possamos ter autonomia para criar, organizar projetos e colocá-los em prática a partir dos inúmeros recursos oferecidos pela escola. Jassá (outro integrante da primeira turma de intercâmbio) falou de um grupo de brasileiros que promove festivais. Podemos ajudar na produção dos shows em troca de ingressos, por exemplo. É preciso estar por perto e mostra-se à disposição. Estou me preparando para esse momento faz tempo. ”

Bastante organizado, Thales Martins coloca todas as ideias no papel. “Já tenho a estrutura digitalizada. Quero levar a historicidade do ritmo brasileiro ligado à cultura, o queenvolve várias coisas, como dança, música, vestimenta e cenário. Estou na fase de seleção das músicas. Quero mostra do frevo até a chula, dança do Rio Grande do Sul, que ainda estou estudando”.

Vitor Biagioni deseja trabalhar ritmos brasileiros com instrumentos locais. “Quero levar a percussão sinfônica e construir instrumentos”, explica o jovem.

Por conta do convênio com o MOVE, o Projeto Guri recebe desde o mês de setembro os  noruegueses Sandra Skroedal e Ole Sigvart Berget, dupla que recebe a orientação da regional São Carlos, onde está hospedada. Sandra também esteve na sede para compartilhar sua experiência com os  novos intercambistas. “Tem sido uma experiência muito rica, com muitas descobertas. Para mim, a língua ainda é a maior dificuldade. Em Rio Claro, fui professora de um coral de jazz. Um aluno fluente em inglês me ajudou a explicar a ideia para o restante daq turma. Em São Carlos fui aluna de bateria e guitarra, mas entender a língua é bem mais fácil que falar”, disse Sandra, em português.

Conheça os intercambistas:

Guilherme

 

Guilherme dos Santos (24) é supervisor educacional de percussão em São José dos Campos, formado em pedagogia pela UNINTER de Curitiba e em bateria pelo Conservatório de Tatuí. O jovem foi educador nos polos Barra Bonita e Igaraçu do Tietê e aluno em Mineiros do Tietê (sua cidade natal). Seus instrumentos de domínio são: bateria, pandeiro, xilofone, tímpanos, congas e percussão em geral. “Será uma experiência nova e uma oportunidade única participar do MOVE”, disse Guilherme.

 

 

Elias

 

Elias de Oliveira Júnior, mais conhecido como Elias Matarazzo (24), morador de Ribeirão Preto, é educador de canto coral nos polos Pitangueiras e Sertãozinho. Além do canto, o jovem domina também o saxofone e a flauta. Aluno do coral da Unesp de Jaboticabal (sua cidade natal), Elias participa do Winehouse Band (banda criada por ele, após a morte da cantora Amy Winehouse), Show Eu Conto, Ele Canta e Banda Kzar – Bauru. Para o educador, o MOVE faz parte do seu futuro.

 

 

Thales

 

Thales Simões Martins (20), residente em Piracicaba, é ex-aluno do Polo Regional São Carlos e ex-integrante do Grupo de Referência. Thales participou recentemente do festival internacional de música Imagine Brazil, com a Banda Hurried Trio (segundo lugar na competição). O jovem também faz parte da Orquestra e Coral Edison Penteado e toca em Pub’s com os amigos. Atualmente, Thales é aluno do Conservatório de Tatuí, onde estuda MPB e Jazz. Segundo o jovem, estudar fora sempre foi um projeto de vida:

 

 

Vitor

 

Companheiro de Elias na jornada, Vitor Lyra Biagioni (20), natural de Botucatu e é educador de percussão e bateria no Polo Batatais. Atualmente, Vitor participa da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, do Trio Influências, do Grupo Café Malandro e frequenta o curso de Bacharelado em Percussão Sinfônica, no Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo-FFCLRP – USP. “O MOVE me ajudará tanto no meu desenvolvimento musical, quanto em experiências de vida”, disse o educador.

 

 

 

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