Projeto Guri participa de campanha internacional em prol dos direitos das Meninas


Dia Internacional das Meninas

Guris de Potirendaba celebram o Dia Internacional das Meninas

Projeto Guri adere à campanha do Dia Internacional das Meninas e promove uma série de ações para conscientizar crianças, jovens e comunidades sobre a importância do tema.

O Dia Internacional das Meninas foi criado e celebrado pelas Nações Unidas pela primeira vez no dia 11 de outubro de 2012. A campanha serviu de marco dos progressos realizados na promoção de direitos das meninas e reconhecimento da necessidade de se ampliar as estratégias para eliminar as desigualdades de gênero em todo o mundo, especialmente em situação de extrema pobreza.

Você sabia?
_ 37,7% das meninas brasileiras acham que, na prática, meninas e meninos não têm os mesmos direitos: enquanto 76,8% lavam louça e 65,6% limpam a casa, apenas 12,5% dos seus irmãos homens lavam a louça, e 11,4% dos seus irmãos homens limpam a casa: 94% do trabalho doméstico infantil é feito por meninas;

_ Segundo dados do IPEA, todos os anos cerca de 500.000 mulheres são vítimas de estupro no Brasil. Dessas, 70% são crianças e adolescentes – e 51% são menores de 13 anos. Para especialistas, a realidade é muito pior, ao se considerar que somente 10% dos casos são notificados;

_ Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a cada cinco minutos, uma menina morre vítima de violência e uma em cada quatro se casa durante a infância. Em 2016, 500 mil meninas entre 10 e 19 anos tiveram filhos.

_ O Brasil, há mais de 1,7 milhão de meninas e mulheres de 15 a 29 anos que não completaram o ensino médio, não estudam e não exercem atividade remunerada. Elas representam 26% do total de jovens dessa faixa etária que não concluíram o Ensino Médio e não voltaram a estudar. E elas são mais do que o dobro de meninos e homens nessa situação, que somam cerca de 800 mil – 12,7% do total. As que têm filhos, não completaram o ensino médio e estão fora da escola são 29,6%;

Rede em prol da equidade

A Rede de Promoção dos Direitos das Meninas e Igualdade de Gênero – RMIG foi criada em 5 de abril de 2016 durante uma oficina na cidade de São Paulo com participação de 19 organizações sociais brasileiras. Ela é uma expressão do movimento social de âmbito nacional, organizada horizontalmente, apartidária, que se constitui como espaço autônomo de articulação, antimachista, antirracista, não lgbtfóbica, com foco na promoção da igualdade de gênero no Brasil e promovendo especialmente os direitos das meninas e a sua participação ativa nos processos de mudança para a construção de uma sociedade livre de violências, discriminações e desigualdades.

A RMIG possui hoje cerca de trinta integrantes que trabalham com os diferentes temas descritos acima, em especial com ações voltadas para o cumprimento das metas do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 5 (Promover a Igualdade de Gênero e Empoderar Meninas e Mulheres) que, pela primeira vez, coloca no centro das prioridades globais a igualdade de gênero e o empoderamento das meninas e das mulheres como estratégias fundamentais de desenvolvimento sustentável.

A Rede vem buscando desde sua criação, por meio de um processo participativo de construção de um movimento nacional, informar a sociedade brasileira sobre igualdade de gênero e monitorar, incidir e acompanhar o Poder Público em todos os níveis na efetiva implementação das metas do ODS 5, reconhecendo a igualdade de gênero e a promoção dos direitos das meninas e das mulheres como um dos princípios fundamentais da ação do Estado Brasileiro.

A Sustenidos Organização Social de cultura é membro ativo da Rede Meninas e Igualdade de Gênero e têm por um de seus objetivos estratégicos vinculados ao Projeto Guri, a promoção de ações proteção de meninas em consonância com o Objetivo Sustentável nº 5 – Igualdade de Gênero.

A Plan International, fundada em 1937, é uma organização humanitária e de desenvolvimento não governamental e sem fins lucrativos, que promove os direitos das crianças e a igualdade para as meninas. No Brasil desde 1997, implementa projetos no Maranhão, Piauí, Bahia e São Paulo. Suas estratégias de incidência política e mobilização social pautam as demandas das meninas em novos espaços do Legislativo, Executivo e na sociedade civil, alcançando todo o território nacional.

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