Guris da Fundação CASA gravam disco em parceria com Fábricas de Cultura


R. Pistori

Uma das ilustrações produzidas por jovens da Ruth Pistori

O Projeto Guri – maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo – lança CD com mais de 70 jovens da Fundação CASA em parceria inédita com as Fábricas de Cultura. As gravações ocorrerão em quanto espaços, no mês de junho, e as faixas serão disponibilizadas para mixagem até o fim de agosto. Os alunos participaram da escolha do repertório (que inclui uma canção própria, criada pelo grupo do Polo Ruth Pistoti); da escolha do nome do disco e até da ilustração que estampará a capa, definida por meio de um concurso de desenho.

“Em 2015 fomos procurados pelo Murilo Murah, responsável pelos estúdios das Fábricas, que nos propôs uma parceria”, explicou Valeria Zeidan, gerente pedagógica da Amigos do Guri. “Dentre as possibilidades, surgiu o interesse em registrar a produção dos meninos (as) da Fundação CASA nos estúdios das Fábricas”.

As unidades da Fundação CASA contempladas com o programa foram Rio Tâmisa (12 alunos de violão, 10 de cavaco e 10 de percussão); Guarujá (10 alunos de percussão), Ruth Pistori (15 alunos de canto coral e 10 de percussão) e Novo Tempo (10 alunos de percussão).

A proposta de envolver os alunos nas ações integra o projeto Guri Participativo, um programa criado para estimular a autonomia e a participação ativa de alunos e alunas do Projeto Guri com a missão de dar voz a crianças, adolescentes e jovens – incentivando o exercício da cidadania, a livre expressão, também a instituição a aprimorar suas ações.

Mas, esta não é a primeira vez que os alunos da Fundação CASA gravam um disco em parceria com o Projeto Guri. Em 2016, por exemplo, o Polo Parada de Taipas gravou o CD ‘Mix Taipas’, dentro da Fundação, com o engajamento da equipe do Guri e repertório composto por artistas nacionais consagrados e faixas autorias.  O Polo Chiquinha Gonzaga também realizou atividade semelhante: o musical ‘Mudança de Hábito’ (2016) e a apresentação ‘Chiquinha Interpreta Elis’ (2017), duas ações produzidas em parceria com o instituto Ação Educativa e apresentadas na Biblioteca Monteiro Lobato. Em fevereiro deste ano, o Polo Rio Paraná gravou o CD ‘Marchinhas de Carnaval’, com marchas tradicionais e composições próprias, atualmente em fase de finalização.

“Os alunos de Fundação CASA sentem o peso do estigma de haver passado por um período de medida socioeducativa e o preconceito social que envolve esta situação. As ações culturais, sociais e pedagógicas colaboram para a construção de um entendimento sobre ações positivas. Eles se sentem valorizados”, completou Valéria.

Além da Fundação CASA, a parceria pretende alcançar outros projetos envolvendo também polos abertos do Guri e Grupos de Referência. As turmas poderão se apresentar nos teatros das Fábricas, com performances gravadas pelos técnicos do estúdio local. Da plateia, as comunidades locais acompanharão o resultado.

 

 

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